sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Origem da Câimbra e como Tratá-la

   
Câimbras podem acontecer quando menos se espera. De repente, a pessoa sente uma dor intensa provocada por contrações involuntárias de um ou mais músculos, repentinas e prolongadas. As contrações usualmente se instalam nos membros inferiores e ocorrem em espasmos, tornando visíveis os músculos e tendões contraídos. Em geral, as câimbras musculares são causadas pela prática de esportes ou por determinadas atividades profissionais. Já as câimbras noturnas na perna, muitas vezes não têm causa aparente, mas sugerem a associação com algumas doenças sistêmicas.
   Entre as causa mais comuns das câimbras, é válido citar:
·         Uso exagerado da musculatura: são as câimbras típicas dos atletas que praticam exercícios que sobrecarregam determinados músculos. No entanto, elas podem ocorrer, também, nas mãos, nos braços e no pescoço como resultado de atividades como escrever, digitar ou trabalhar com ferramentas na mesma posição durante muito tempo.
·           Desidratação: a água facilita as contrações e o relaxamento das fibras musculares e dos tendões. A falta dela deixa-os mais sujeitos aos espasmos.
·         Baixas temperaturas: o frio faz com que a musculatura fique mais tensa e contraída, o que facilita a ocorrência de espasmos das fibras musculares.
·         Má circulação: nos mais velhos, o estreitamento das artérias que irrigam os membros inferiores causados por placas de aterosclerose pode provocar câimbras, quando a musculatura é solicitada com mais intensidade.
·         Compressão de raízes nervosas: artroses e perda de elasticidade dos discos que ficam entre às vértebras da coluna lombar podem comprimir os nervos, que saem para inervar os membros inferiores, e provocar dor. Essa dor fica mais forte à medida que a pessoa anda e pode adquirir as características típicas das câimbras. No entanto, ela melhora quando a coluna fica ligeiramente flexionada para frente, por exemplo, na posição que a pessoa assume ao empurrar o carrinho do supermercado.
·         Carência de sais minerais: falta de potássio, cálcio ou magnésio na dieta alimentar pode estar por trás de quadros câimbras frequentes. Pessoas hipertensas que tomam diuréticos geralmente perdem potássio.
·         Dor de crescimento das crianças: é simplesmente uma câimbra infantil e pode ser causada por falta de magnésio, potássio, excesso de esforço físico ou eletricidade estática que causa o desencadeamento da dor de crescimento.
·         Outras causas potenciais: Diabetes, anemia, insuficiência renal, doenças de tireóide, doenças neurológicas, desequilíbrios hormonais, mulheres grávidas ou problemas vasculares são fatores que favorecem o aparecimento da câimbra. Alguns relatos também indicam que o uso de certos suplementos dietéticos como creatina pode aumentar os riscos de câimbras musculares. Se câimbras aparecerem sem um histórico prévio, consulte um médico para excluir causas mais sérias.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Na maioria das vezes, os episódios dolorosos são ocasionais, duram menos de um minuto e desaparecem espontaneamente. Analgésicos e anti-inflamatórios não tem utilidade nenhuma em seu tratamento. No entanto, nas crises, algumas medidas simples podem representar a melhor forma de tratamento.
Câimbras não tem cura, mas alguns cuidados simples podem prevenir a repetição das crises:
·         Alongamento e massagem: alongar o músculo em espasmo e massagear a área afetada com movimentos circulares são técnicas fundamentais para promover o relaxamento da musculatura e aliviar a dor. Nesse grupo, recomenda-se um programa de alongamento contínuo. É importante salientar que não vai ser de um dia para o outro que o alongamento trará resultados. É preciso pelo menos algumas semanas com alongamentos diários para o músculo ter mais resistência às contrações involuntárias.
Quando as câimbras se manifestam nas pernas, a pessoa deve ficar em pé e colocar o peso sobre a perna acometida, dobrando o joelho para estirar os músculos da batata da perna. Se não conseguir ficar em pé, deve sentar-se, esticar a perna e puxar os pés para trás com a mão.

·         Boa Hidratação: manter uma boa hidratação ao longo do dia, especialmente antes de praticar exercícios vigorosos e evitar o sedentarismo. Bem hidratados, os músculos se contraem e relaxam com mais facilidade.
O melhor modo de controlar o grau da hidratação do corpo é através da cor da urina. Pessoas desidratadas apresentam urina muito amarelada e normalmente com cheiro forte, enquanto que um corpo hidratado produz urina clara e sem cheiro.

·         Alimentação Balanceada: inclua frutas e verduras na sua dieta habitual. Esses alimentos são ricos em vitaminas, cálcio, magnésio, sais minerais e nutrientes importantes para o funcionamento não só dos músculos, mas de todo o organismo.
Água tônica possui pequenas quantidades de quinina uma substância que também parece prevenir câimbras. Existem relatos de melhoras de câimbras noturnas após alguns dias ingerindo água tônica à noite.
Existem alguns medicamentos, como vitamina E, complexo B, verapamil, cloroquina e gabapentina que podem ajudar em casos específicos, mas que só devem ser tomados após avaliação médica.

·         Aplicação de calor no local: o aumento da temperatura favorece o relaxamento dos músculos.


Fonte: Revista Pilates

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Crioterapia x Termoterapia



   Tanto o calor como o frio podem ser formas efetivas no tratamento de certas condições, como lesões musculoesqueléticas, dor e espasticidade.
   Muitos, embora nem todos, os benefícios clínicos produzidos pelo calor e pelo frio são similares. A seleção, contudo, se baseia em vários fatores que no momento poderão ser empíricos mas que são de importância.
1.    Estágio de inflamação: Geralmente, o frio é preferível durante o estágio agudo de inflamação para aliviar a dor, reduzir o sangramento e possivelmente reduzir o edema. O calor, em contraste, pode exacerbar o processo inflamatório inicial.
2.    Edema: O calor tende a aumentá-lo, especialmente nos estágios iniciais de inflamação e lesão. O frio pode ajudar a limitar o edema.
3.    Extensibilidade do colágeno: É mais afetada de um modo benéfico por um aumento da temperatura; o colágeno se torna mais rígido com o frio.
4.    Dor: Tanto frio quanto calor podem ser usados para aliviar a dor. O efeito do frio pode ser mais prolongado, mas, em certas ocasiões, pode aumentar a dor.
5.    Espasmo: Tanto calor como frio podem diminuir o espasmo muscular associado a lesões musculoesqueléticas e irritação de raiz nervosa.
6.    Contração muscular: O resfriamento moderado para aproximadamente 27°C leva a um aumento na habilidade do músculo de manter uma contração.
7.    Área a ser tratada: Em algumas pessoas, a aplicação do frio nas mãos e pés leva a um desconforto considerável e essa pode ser então uma indicação para o uso do calor.
8.    Preferência do paciente: Algumas pessoas acham o frio intolerável. O uso de calor para aliviar a dor e o espasmo muscular pode ser mais aceitável.


Referência:
Eletroterapia: Prática Baseada em Evidências; Autor: Sheila Kitchen; Editora Manole